sexta-feira, 7 de outubro de 2011
MAY PARDO OFFICIAL: ASTROLOGIA DO CÉU
MAY PARDO OFFICIAL: ASTROLOGIA DO CÉU: O Presépio de Dona Estelinha J á vi muitos presépios, porém os mais perfeitos e que não esqueço, foram os de dona Este...
terça-feira, 4 de outubro de 2011
ASTROLOGIA DO CÉU
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O Presépio de Dona Estelinha Já vi muitos presépios, porém os mais perfeitos e que não esqueço, foram os de dona Estelinha de seu Jove. Saibam, o senhor e a senhora, que existiu uma vez Sinhá Estelinha, diversa de todas as outras pessoas, vivente num cantinho da fazenda do coronel Zé Maciel, em Belo Jardim, interior de Pernambuco, nordeste do Brasil. Como é de acontecer comum no interior, os nomes, de muito repetidos, se transformam em outros corrompidos e, no entanto, muitas vezes mais expressivos. Assim, Nhá Estelinha, ¾ no batismo e certidões inscrita e escrita Astéria Paz da Fonte ¾, se multiplicava na voz do povo em dona Astéia, dona Astréia ou Vó Estela. E mais dizia, ainda, o povo que Estelinha de seu Jovelino Olímpio tinha muita leitura, muita vida aprendida, a qual ensinava sem esforço algum. Aprendi com ela muita coisa sobre presépios e, mais ainda, sobre esse Mundo de meu Deus. É, portanto, ainda sob o efeito de larga e já antiga admiração que narro para os senhores como eram os presépios de minha Mestra, Nhá Estelinha. ![]() A primeira era a expressão extraordinária das imagens, quase todas moldadas por ela mesma. Gravaram-se especialmente em minha memória o semblante nobre, majestoso e cheio de paz da Virgem Maria, a firme receptividade do São José e o tamanho diminuto do Menino Jesus. A segunda era a exatíssima disposição das figurinhas: o burro sempre à esquerda do menino Jesusinho, o boi à direita, Nossa Senhora central por trás Dele e mais o posicionamento das outras figuras que pretendo relatar, explicar e justificar mais adiante. Lembro, ainda bem claro, quando Estelinha, a cada novo Natal, meticulosa armava o presépio com as figurinhas de barro feitas por ela mesma, perto do oratório, na salinha pequena de sua casa. Católica de estrita observância, minha sinhá Estelinha não perdia uma missa de domingo, e sua vida, diga-se, era constante oração. Afirmo-lhes isso convicto, eu que a vi sempre se persignar e dizer o ato de contrição antes de arrumar de modo muito preciso as peças do presépio em seus lugares. Se o senhor e a senhora quiserem continuar me seguindo, conto-lhes sobre as informações, os estudos, os raciocínios e as intuições que me conduziram a penetrar na sabedoria insinuada pelos presépios de Dona Astéria Paz da Fonte. Do apreendido orgulho-me, sem presunção. Espanto-me, no entanto, um tanto isolado da maioria, por penetrar num tipo de conhecimento que muitos teimam em diminuir ou negar. Não acreditam? Pois saibam que meu entusiasmo e maravilhamento com a representação do mistério da Encarnação nos presépios de Dona Estelinha, já foram taxados, muitas vezes, como sem fundamento por materialistas, agnósticos, incrédulos e por outros, para os quais o Natal se reduz a consumo e divertimento apenas. Mas, tenho certeza que tal coisa não acontece com o senhor e a senhora que, certamente, percebem os acenos do espírito na celebração do nascimento de Jesus e sabem que, para o verdadeiro cristão, o dia 25 de dezembro é data em que se rememora e comemora aquela noite milagrosa na qual o Verbo Divino, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade nasceu neste mundo depois de se fazer carne no ventre da Virgem Maria, por operação do Espírito Santo, tornando possível para cada indivíduo humano unir-se, dali em diante, com Verbo divino e ser divinizado pela Graça. Diz melhor Santo Atanásio, quando afirma que Cristo é consubstancial ao pai por sua divindade e consubstancial aos homens por sua humanidade. É lamentável que essa crença e esse modo de se expressar sejam considerados, por muita gente, como ultrapassados e fora de moda, hoje em dia. Na minha avaliação, aqueles que assim pensam é que ficaram para trás, ancorados na sua absoluta incapacidade para compreender o trabalho, de explicação das verdades reveladas, realizado por um Santo Tomás de Aquino, por um Santo Atanásio ou por um Santo Agostinho. É por essa e outras que, sem a compreensão intelectual do significado espiritual do Natal para iluminar o entendimento da devoção aos presépios, esta passou a ser carimbada como folclore e a ser vista como um produto espontâneo da massa popular. Como conseqüência não se compreende mais seu rico simbolismo. No entanto, mesmo incompreendida e degradada, a força simbólica dos presépios sobrevive ainda atraente, mágica e portadora de um poder de fascinação muito grande sobre as pessoas. Arrisco dizer, ao senhor e a senhora, que isso talvez aconteça porque os elementos do chamado folclore guardam sempre, de modo latente, o poder de ressurgir como meio de expressão para as influências de ordem intelectual que eles representaram de modo completo alguma vez no passado. O que pretendo dizer é que, de algum modo, continua a existir neles a sabedoria que antes ilustravam, apesar da manipulação sentimental e automática desses elementos. Eles podem ser vistos, então, como uma espécie de testemunho de antiga sabedoria, para aqueles que ainda podem compreender. Assim, a devoção ao presépio - entendido como sendo um grupo de imagens que representa a cena do nascimento e da adoração do Menino Jesus por Nossa Senhora, São José, os pastores e alguns animais na gruta de Belém - não é produto espontâneo da massa do povo. Muito pelo contrário, foi um indivíduo, reconhecido pela sua sabedoria intelectual e realização da doutrina cristã, chamado Francisco de Assis, que concebeu sua matéria e forma originalmente.
Como se pode ver, a devoção aos presépios se iniciou duplamente validada: pela aprovação temporal do representante de Cristo neste mundo e pela bênção espiritual do Menino Jesus. Talvez, essas coisas tenham acontecido assim porque tanto essa devoção quanto o mistério da Natividade (que ela simboliza), encerram também duplo aspecto: primeiramente, um macrocósmico: o nascimento do Verbo no Mundo; e, em segundo lugar, um outro microcósmico: o nascimento do Verbo dentro da alma do fiel. Ao se armar o presépio, ou ao meditar sobre sua mensagem simbólica, podemos nos colocar em qualquer um desses dois pontos de vista. Mas, seja qual for o aspecto considerado, a imagem do Menino no presépio deve ocupar sempre uma posição central, pois a característica mais importante da simbólica do centro é ser ele o lugar onde o divino se manifesta. Portanto, o Menino Deus nasceu tanto no centro do Mundo, representado pelo meio da gruta de Belém, como pode se manifestar no centro do coração do fiel (1). Sua imagem, como corretamente a moldava sinhá Estelinha, deve ser tão pequena quanto possível, para figurar o Reino dos Céus semelhante a um grão de mostarda (2). O Reino dos Céus, da mesma forma que a Casa de Deus, Beith-el, identifica-se naturalmente ao centro, isto é, ao que existe de mais interior (3). A imagem da Virgem Maria precisa, também, ocupar uma posição central, mas num segundo plano em relação a Jesus. Ela não deve, de modo algum, ser colocada numa posição simétrica à de São José, que não é o verdadeiro pai do Menino Deus. E, ainda, ao contrário da maioria das figurações ordinárias, sua expressão não necessita afetar uma atitude de oração ou de adoração humilde do mesmo tipo da dos outros personagens. Hierática, deve ostentar uma completa impassibilidade, capaz de simbolizar sua virgindade, sua imaculada concepção e sua perfeita receptividade ao Espírito Santo.Ela preenche a função de Virgo genitrix, o que justifica sua colocação em segundo plano atrás do Cristo, mas numa mesma situação axial, para indicar que ela é ao mesmo tempo a "Mãe de Deus" e a "Esposa do Espírito Santo". Tudo que acabamos de dizer vale também para o ponto de vista microcósmico, ou seja, aquele do nascimento do Verbo no coração do fiel. A Virgem representa, neste caso, a alma em estado de graça. Numa atitude passiva, a alma deve se identificar com Nossa Senhora através da realização das perfeições marianas, a fim de que o Verbo possa se encarnar nela, como se encarnou no seio virginal de Maria, Esposa do Espírito Santo; e, por outro lado, numa atitude ativa, a alma deve se identificar à Virgem Mãe. O primeiro caso se refere à Comunhão da alma ao receber Cristo; o segundo se reporta à Invocação do nome de Jesus ¾ a alma profere o Verbo do mesmo modo que a Virgem gera o Menino sob a ação do Espírito Santo, o gerador supremo. É neste ponto que entram São José, o boi e o jumento. Na Invocação, São José representa a presença invisível do Mestre Espiritual, (que, no fundo, é o Espírito Santo); o boi simboliza o "guardião do santuário interior", isto é, as qualidades de submissão, fidelidade, perseverança e concentração; o jumento, animal profano é o testemunho satânico na invocação, e figura o espírito de insubmissão e dissipação. Mas, tanto o boi quanto o burro são passíveis também de uma explicação macrocósmica, na qual eles representam respectivamente o mundo celeste da estabilidade e da paz e o mundo infernal do ódio e da ignorância. Por acaso, o senhor e a senhora ficaram perplexos com a presença do burro e de tudo que ele representa nos dois puríssimos nascimentos do Verbo: aquele no mundo e o outro na alma? Tranqüilizem-se, porque a explicação já foi dada claramente, e há muito tempo, por São Paulo, na Epístola aos Filipenses (II, 9-10), onde ele declara; "Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e nos infernos"; texto que se refere tanto à Invocação do nome de Jesus dentro da alma, quanto ao nascimento de Cristo no mundo. Por todas essas razões, a figura de São José no presépio deve ser colocada ao lado da Virgem, mas não no mesmo eixo dela e do Menino Deus, nem, muito menos, em simetria com eles. E, como ele simboliza o Mestre Invisível sua atitude e fisionomia devem parecer completamente receptivas, de modo a não oferecer obstáculos para a ação do Espírito Santo. Coloca-se o boi à direita do Menino Jesus e o burro à esquerda, no lado sinistro, num acordo perfeito entre o que eles simbolizam e o significado das direções do espaço. Percebo, no senhor e na senhora uma certa impaciência, pois nada disse ainda a respeito dos Reis Magos e dos pastores, por isso vamos a eles: os três Reis Magos representam, respectivamente, cada um deles, a autoridade sacerdotal e o poder real e sua síntese numa única função. O primeiro Rei simboliza o poder real; ele oferece ouro ao Cristo e o saúda como Rei. O segundo figura o poder sacerdotal; ele oferece incenso e o saúda como Sacerdote. Finalmente, o terceiro é a síntese dos dois anteriores, e representa um estado indiferenciado além da dualidade; ele oferece mirra (o bálsamo da incorruptibilidade) e saúda o Menino Jesus como Profeta, ou Mestre Espiritual por excelência. A função dos Reis Magos tem um caráter aristocrático que os distingue do povo, representado pelos pastores. Podemos colocar as imagens dos Três Reis em frente e próximos a Jesus, enquanto os pastores podem ser dispostos em semicírculo em torno deles, na entrada da caverna, junto com as ovelhas que representam o conjunto dos fiéis seguidores do Cristo. O teto que abriga a Criança não é de palha, pois afirma a tradição que o Messias nasceu numa caverna, uma verdadeira imago mundi, cuja parte superior representa a abóbada celeste. O teto da caverna se relaciona, também, com o simbolismo do domo situado coerentemente, nas igrejas, sobre o altar onde se realiza o mistério da eucaristia. Por fim, o nascimento do Verbo no mundo, ou o renascimento espiritual da alma, deve acontecer no escuro, e é por isso que ele se dá numa gruta, à meia-noite, no inverno e no solstício do Capricórnio. No presépio, portanto, a caverna deve ter uma forma hemisférica com interior sombrio, iluminado apenas pela estrela, símbolo da Luz divina e que pode ser colocada no alto da gruta. Por conseqüência, a manjedoura onde repousa o Jesusinho Bebê deve ter também uma forma hemisférica, complementária daquela da Gruta, pois elas simbolizam as duas metades o "Ovo do Mundo", onde se abriga Cristo, o gérmen da Vida Nova (4). Saiba o senhor que por um instante quase encerrei por aqui nossa conversa. Em grave falta correria se o fizesse, pois ficaríamos órfãos do essencial. Desculpem-me, mas tudo que antes afirmei, sobre cada um dos símbolos são apenas indícios secundários. Mesmo que cada imagem, enfocada isoladamente, esteja absolutamente correta em sua posição e na sua expressão, os elementos simbólicos usados no presépio só têm força e eficácia porque a estrutura da composição é simbólica no seu conjunto. E o que relaciona, ordena e estrutura tudo é o símbolo da forma cósmica, que contém implícito o da cruz, e é considerado universalmente como capaz de representar tanto a estrutura do Mundo como a do Homem. A existência dessa relação entre os símbolos particulares e a estrutura total é que marca do autêntico símbolo tradicional (5). Em suma, o presépio é, em essência, um cosmo em miniatura. Ele é, a um só tempo, o modelo ideal da situação criadora e da criação. E, porque o cosmo só pode ser entendido como obra divina, ele é sagrado no seu cerne desde antes de sua origem. Por extensão tudo que se parece, lembra ou se organiza como um cosmo é também sagrado. O pequeno espelha o grande. E, é dessa fonte que jorra o alumbramento, o pasmo e o encanto perene que os presépios produzem e que deixo aqui como oferenda de Natal para os senhores e para as senhoras, meus parceiros no amor às coisas do Espírito. Notas: (1) Existe uma relação direta entre essa doutrina e o nome Emanuel, aplicado ao Messias e traduzido como "Deus em nós". Cf. São Mateus I, 23: "Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho que se chamará Emanuel, que significa Deus em nós". (2) Cf. São Mateus XIII, 31-32: "O reino dos céus é comparável a um grão de mostarda que um homem toma e semeia em seu campo. É esta a menor de todas as sementes, mas quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as hortaliças, de sorte que os pássaros vêm aninhar-se em seus ramos". Dentro do mesmo espírito pode-se ler no Chândogya Upanishad o seguinte: "O Atmâ (o Espírito Divino), que reside no coração, é menor que um grão de mostarda, menor que um grão de milhete, menor do que o germe que está no grão de milhete; o Atmâ, que reside no coração, é também maior que a terra, maior que a atmosfera, maior que todos esses mundos juntos". Tudo isto indica claramente que o aparecimento da divindade e sua ação atuam no interior e por isso não dão na vista, que estão necessariamente voltadas para as coisas exteriores, como atesta São Lucas, XVII, 20-21: "O reino de Deus não virá de um modo ostensivo. Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou, Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está dentro de vós". (3) Essas conclusões se aplicam também à cidade de Belém. Para compreender melhor atente-se para os seguintes pontos: 1) diz-se, na tradição hebraica, que Beith-El, a Casa de Deus tornou-se Beith-Lehem, a casa do pão, a cidade em que Jesus nasceu; 2) observe-se a similitude fonética entre Beith-El e Beith-Lehem. (4) A propósito em Isaías IV, 4; Jeremias XXII, 5; e Zacarias II, 3 o termo gérmen é aplicado explicitamente ao Messias. Atentem para Zacarias VI, 12: "Assim fala o Senhor dos Exércitos: eis o homem cujo nome é Gérmen; alguma coisa vai germinar de sua linhagem. Ele é que reconstruirá o templo do Senhor...". (5) Quando não existe essa relação nem todos os símbolos esotéricos do mundo impedirão uma obra de sair da superficialidade grosseira e da imitação pretensiosa. Estão aí no mercado os diários dos magos, os montes cinco e as bridas que só confirmam tudo isso. |
ASTROLOGIA OU FARSA?
A Astrologia (do grego astron, "astros", "estrelas", "corpos celestes", e logos, "palavra", "estudo") é a pseudociência segundo a qual as posições relativas dos corpos celestes podem, hipoteticamente, prover informação sobre a personalidade, as relações humanas, e outros assuntos mundanos. É, como tal, uma atividade divinatória, quando usada como oráculo, mas também pode ser usada como ferramenta para definição das personalidades humanas. Jung em seus estudos chamava a este conceito de sincronicidade.
Um praticante de Astrologia é chamado astrólogo.
A comunidade científica considera que a Astrologia é uma pseudociência ou superstição, uma vez que, até hoje, nenhum astrólogo apresentou evidências oficiais acerca da eficácia de seus métodos.
Os registros mais antigos sugerem que a Astrologia surgiu no terceiro milênio AC. Ela teve um importante papel na formação das culturas, e sua influência é encontrada na Astronomia antiga, nos Vedas, na Bíblia, e em várias disciplinas através da história. De fato, até a Era Moderna, Astrologia e astronomia eram indistinguíveis. A Astronomia começou a divergir gradualmente da Astrologia desde o tempo de Ptolemeu, e essa separação culminou no século XVIII com a remoção oficial da Astrologia do meio universitário. Só no século XX é que a Astrologia retomou a algumas universidades - nomeadamente nos EUA - após desenvolver-se naquilo que é hoje chamado de Astrologia contemporânea.
Os astrólogos afirmam que o movimento e posições dos corpos celestes podem influenciar diretamente, ou representar, eventos na Terra e em escala humana. Alguns astrólogos definem a Astrologia como uma linguagem simbólica, uma forma de arte, ou uma forma de vidência, enquanto outros definem como ciência social e humana.
Durante séculos a Astrologia se baseou na observação de objetos astronômicos e no registro de seus movimentos. Mais recentemente os astrólogos têm usado dados coletados pelos astrônomos e organizados em tabelas chamadas efemérides, que mostram as posições dos corpos celestes.
A ferramenta principal da Astrologia é o Horóscopo (também conhecido como carta natal, carta astrológica, mapa natal, mapa de nascimento, ou apenas carta). Este mapa é um diagrama bidimensional que representa a posição dos corpos celestes vistos de certo local, que pode variar desde o centro da Terra, à sua superfície, e até tendo o Sol como ponto central. A interpretação do mapa leva em consideração:
Embora a Astrologia ocidental use quase que exclusivamente o zodíaco tropical, a Astrologia hindu usa o zodíaco sideral, que é mais próximo da posição astronômica dos astros no céu, mas seguindo a mesma forma de divisão do céu que o Tropical.
A análise preditiva recorre ainda a algumas técnicas específicas, entre as quais, os Trânsitos (comparação da posição dos planetas, num determinado momento, sobre o Horóscopo Natal do objecto de análise), as Progressões (primárias, secundárias, e terciárias), as Direções de Arco (sendo o Arco Solar o mais utilizado), e o Retorno Solar (cálculo de um novo Horóscopo para o momento do ano em que o Sol passa exactamente em cima do grau em que estava no momento de nascimento da entidade em análise).
A Astrologia Horária, apesar de ter quase desaparecido ao longo do século XX, tem voltado nos últimos anos, em grande parte devido ao renovado interesse em explorar as técnicas tradicionais da Astrologia antiga.
Na China, a astrologia é conhecida a partir de 2000 a.C. Diz a tradição que Buda, ao morrer, chamou os animais para se despedir e somente 12 vieram e estes são os anos da Astrologia Chinesa.
A Índia conheceu a astrologia da Mesopotâmia quando foi invadida, por volta de 1500 a.C.
Os Astecas usavam uma astrologia com 20 signos. Um padre espanhol, que acompanhou a tomada de Hernán Cortés, codificou a astrologia dos Astecas.
Há várias correntes recentes - dos séculos XIX e XX - na astrologia. A astrologia inglesa do século XIX teve forte influência da teosofia, como praticada por Alice Bailey. Alan Leo e Charles Carter são dois de seus expoentes, e dessa linha surgiu a Faculdade de Astrologia de Londres.
Depois dos estudos de astrologia e alquimia por Carl Gustav Jung, a astrologia psicológica tomou corpo em bases principalmente junguianas, embora exista uma astrologia transpessoal baseada no trabalho de Roberto Assagioli.
Mais recentemente há um renascimento da astrologia clássica, com grande número de obras da antigüidade e renascença sendo retraduzidas para o inglês, a partir de originais em árabe, grego e latim. Esse esforço visa retomar o conhecimento antigo, limpando-o de adendos exóticos que redundaram em concepções simplistas sobre, por exemplo, os quatro elementos.
Uma das idéias que são base da astrologia é que o posicionamento dos astros no momento do nascimento tem relação com seu caráter e portanto seu destino, mas não há consenso entre os astrólogos sobre como se processa esta relação: as várias correntes a atribuem a influência, campos eletromagnéticos ou semelhantes, ciclos, analogia ou sincronicidade.
Na busca do reconhecimento pela ciência oficial, o trabalho estatístico de Michel Gauquelin analisando exaustivamente a incidência de determinados planetas na área da carreira do mapa natal de personalidades de várias áreas de atuação é amplamente conhecido nos meios acadêmicos.
Muitos astrólogos atuais pensam que os astros influenciam a personalidade ou caracterísiticas de pessoas ou eventos que ocorrem na Terra, mas muitos outros pensam que há outra relação, que não a de influência, como a sincronicidade da astrologia psicológica de base junguiana.
Buscando ser aceite como ciência, a astrologia procura preencher os dois critérios que a enquadrariam como tal:
Não há consenso sobre a forma como a astrologia supostamente funciona.
No curso da história, vemos o surgimento de explicações diferentes. Santo Alberto Magno pensava que, embora as estrelas não possam influenciar a alma humana, influenciam o corpo e a vontade humanos.
Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim (1486-1535) via o universo como o Unus Mundus, onde o que ocorre no mundo celestial chega até o mundo dos fenômenos, intermediado pela esfera dos corpos celestes. Nesta concepção, a relação entre a esfera dos corpos celestes e a esfera humana não é de causalidade, mas de analogia ou sincronicidade.
Astrólogos de orientação biológica procuram a explicação nos ritmos e ciclos biológicos, como os circadianos e lunares. John Addey, astrólogo inglês, realizou vários levantamentos estatísticos em busca da comprovação de conceitos astrológicos, como o de quase mil nonagenários e a relação Sol-Saturno. Descobriu, assim, o significado das relações harmônicas entre períodos cósmicos.
Outra concepção é que a influência se dá através da variedade de raios cósmicos que chegam ao nosso planeta. Ebertin é um dos defensores desta hipótese.
Uma forma diferente de abordagem é a da sincronicidade, conceito expresso por C.G.Jung. Jung estudou grande número de mapas de nascimento de casais, e supôs que haveria relações interessantes entre os sóis e as luas dos cônjuges.
Outros astrólogos afirmam que a astrologia não é usada para prever o futuro, e sim para guiar e orientar os seus clientes através do seu potencial revelado no horóscopo. Ainda assim, testes usando dois grupos de controlo mostraram que o grau de precisão de um astrólogo, ao cambinar um horóscopo com o perfil de um cliente, não é maior que uma pessoa leiga fazendo as mesmas associações. Por outro lado, outros testes, como aquele executado pelo famoso céptico Michael Sherner ao astrólogo védico mostram exactamente o oposto.
Um praticante de Astrologia é chamado astrólogo.
A comunidade científica considera que a Astrologia é uma pseudociência ou superstição, uma vez que, até hoje, nenhum astrólogo apresentou evidências oficiais acerca da eficácia de seus métodos.
Os registros mais antigos sugerem que a Astrologia surgiu no terceiro milênio AC. Ela teve um importante papel na formação das culturas, e sua influência é encontrada na Astronomia antiga, nos Vedas, na Bíblia, e em várias disciplinas através da história. De fato, até a Era Moderna, Astrologia e astronomia eram indistinguíveis. A Astronomia começou a divergir gradualmente da Astrologia desde o tempo de Ptolemeu, e essa separação culminou no século XVIII com a remoção oficial da Astrologia do meio universitário. Só no século XX é que a Astrologia retomou a algumas universidades - nomeadamente nos EUA - após desenvolver-se naquilo que é hoje chamado de Astrologia contemporânea.
Os astrólogos afirmam que o movimento e posições dos corpos celestes podem influenciar diretamente, ou representar, eventos na Terra e em escala humana. Alguns astrólogos definem a Astrologia como uma linguagem simbólica, uma forma de arte, ou uma forma de vidência, enquanto outros definem como ciência social e humana.
Descrição
Horóscopo Astrológico
A ferramenta principal da Astrologia é o Horóscopo (também conhecido como carta natal, carta astrológica, mapa natal, mapa de nascimento, ou apenas carta). Este mapa é um diagrama bidimensional que representa a posição dos corpos celestes vistos de certo local, que pode variar desde o centro da Terra, à sua superfície, e até tendo o Sol como ponto central. A interpretação do mapa leva em consideração:
- posição destes corpos em relação aos signos do zodíaco,
- cálculo das dignidades astrológicas,
- posição absoluta e relativa destes corpos dentro de um dos sistemas de casas astrológicas,
- os aspectos astrológicos: relação trigonométrica dos corpos celestes entre si,
- Astrologia ocidental
- Astrologia chinesa
- Jyotish ou Astrologia védica
- Astrologia cabalística
- Astrologia natal: estudo do mapa natal e seus desdobramentos
- Astrologia horária: o ramo divinatório da Astrologia, analisa um mapa feito para o momento em que a questão é formulada
- Astrologia eletiva: a determinação do melhor momento para empreender algo
- Astrologia mundial: correlação entre eventos históricos e aspectos entre os planetas lentos
- Astrologia agrícola: o uso da posição dos planetas nas práticas agrícolas
Embora a Astrologia ocidental use quase que exclusivamente o zodíaco tropical, a Astrologia hindu usa o zodíaco sideral, que é mais próximo da posição astronômica dos astros no céu, mas seguindo a mesma forma de divisão do céu que o Tropical.
Técnicas astrológicas
A Astrologia actual recorre, essencialmente, à interpretação do Horóscopo Natal do indivíduo (ou entidade) em estudo, e na associação dos significados astrológicos ao contexto da situação apresentada em consulta.A análise preditiva recorre ainda a algumas técnicas específicas, entre as quais, os Trânsitos (comparação da posição dos planetas, num determinado momento, sobre o Horóscopo Natal do objecto de análise), as Progressões (primárias, secundárias, e terciárias), as Direções de Arco (sendo o Arco Solar o mais utilizado), e o Retorno Solar (cálculo de um novo Horóscopo para o momento do ano em que o Sol passa exactamente em cima do grau em que estava no momento de nascimento da entidade em análise).
A Astrologia Horária, apesar de ter quase desaparecido ao longo do século XX, tem voltado nos últimos anos, em grande parte devido ao renovado interesse em explorar as técnicas tradicionais da Astrologia antiga.
Conceitos clássicos
Os signos e as características humanas
Segundo Bruno Ferreira Pires (século XXI) em seu site Vivastro, os signos do zodíaco representam características da psicologia humana na forma que segue:- Áries -- ação, impetuosidade, impulsividade.
- Touro -- calma, possessividade, inércia.
- Gêmeos -- dúvida, dispersão, movimento.
- Câncer -- sentimento, acolhimento, intuição.
- Leão -- honra, egocentrismo, coragem.
- Virgem -- razão, exigência, crítica.
- Libra -- equilíbrio, diplomacia, diálogo.
- Escorpião -- intensidade, sexualidade.
- Sagitário -- objetividade, individualidade.
- Capricórnio -- persistência, trabalho, resistência.
- Aquário -- originalidade, criatividade, eloquência.
- Peixes -- sensibilidade, sensitividade, idealismo.
Os signos e as partes do corpo
Segundo Marcus Manilius (século I) em seu poema Astronomica, os signos do zodíaco regem as partes do corpo na forma que segue:- Áries -- cabeça
- Touro -- pescoço e garganta
- Gêmeos -- pulmões, braços e ombros
- Câncer -- peito, seios e estômago
- Leão -- coração e parte superior das costas
- Virgem -- abdômen e aparelho digestivo
- Libra -- rins, região lombar e pele.
- Escorpião -- genitais
- Sagitário -- quadris e coxas
- Capricórnio -- joelhos, ossos e pele
- Aquário -- pernas e tornozelos
- Peixes -- pés
A Astrologia médica usa também associações entre planetas e partes do corpo.
Pedras zodiacais
- Áries -- Diamante , Cornalina
- Touro -- Esmeralda , Crisoprásio
- Gêmeos -- Olivina , Aventurina
- Câncer -- Pérola , Madrepérola
- Leão -- Rubi , Cornalina
- Virgem -- Safira , Lápis-lazúli
- Libra -- Granada , Quartzo rosa
- Escorpião -- Opala , Turmalina
- Sagitário -- Turquesa , Zircão
- Capricórnio -- Topázio , Olho-de-tigre
- Aquário -- Ametista , Ônix
- Peixes -- Água-marinha , Heliotrópio
História
As várias astrologias
Além da que se chama hoje ocidental, são praticadas hoje no mundo todo outras formas de astrologia.Na China, a astrologia é conhecida a partir de 2000 a.C. Diz a tradição que Buda, ao morrer, chamou os animais para se despedir e somente 12 vieram e estes são os anos da Astrologia Chinesa.
A Índia conheceu a astrologia da Mesopotâmia quando foi invadida, por volta de 1500 a.C.
Os Astecas usavam uma astrologia com 20 signos. Um padre espanhol, que acompanhou a tomada de Hernán Cortés, codificou a astrologia dos Astecas.
Há várias correntes recentes - dos séculos XIX e XX - na astrologia. A astrologia inglesa do século XIX teve forte influência da teosofia, como praticada por Alice Bailey. Alan Leo e Charles Carter são dois de seus expoentes, e dessa linha surgiu a Faculdade de Astrologia de Londres.
Depois dos estudos de astrologia e alquimia por Carl Gustav Jung, a astrologia psicológica tomou corpo em bases principalmente junguianas, embora exista uma astrologia transpessoal baseada no trabalho de Roberto Assagioli.
Mais recentemente há um renascimento da astrologia clássica, com grande número de obras da antigüidade e renascença sendo retraduzidas para o inglês, a partir de originais em árabe, grego e latim. Esse esforço visa retomar o conhecimento antigo, limpando-o de adendos exóticos que redundaram em concepções simplistas sobre, por exemplo, os quatro elementos.
Astrologia e ciência
A comunidade científica não considera a astrologia uma ciência, embora haja astrólogos que procurem dar respeitabilidade à sua actividade usando justificações científicas. Um grande número de astrólogos praticantes e de "filósofos da astrologia" a vê como uma arte baseada em conhecimento técnico, conhecimento tradicional e uma concepção sistêmica do universo.Uma das idéias que são base da astrologia é que o posicionamento dos astros no momento do nascimento tem relação com seu caráter e portanto seu destino, mas não há consenso entre os astrólogos sobre como se processa esta relação: as várias correntes a atribuem a influência, campos eletromagnéticos ou semelhantes, ciclos, analogia ou sincronicidade.
Na busca do reconhecimento pela ciência oficial, o trabalho estatístico de Michel Gauquelin analisando exaustivamente a incidência de determinados planetas na área da carreira do mapa natal de personalidades de várias áreas de atuação é amplamente conhecido nos meios acadêmicos.
Teorias sobre o funcionamento da astrologia
Após a divisão da astronomia e a astrologia, sempre houve os que vêem a astrologia como pseudo-ciência que se utiliza de maneira mística dos conhecimentos de astronomia para tentar estabelecer relações entre o comportamento humano e as posições dos astros, tentando fazer previsões baseadas nesses dados.Muitos astrólogos atuais pensam que os astros influenciam a personalidade ou caracterísiticas de pessoas ou eventos que ocorrem na Terra, mas muitos outros pensam que há outra relação, que não a de influência, como a sincronicidade da astrologia psicológica de base junguiana.
Buscando ser aceite como ciência, a astrologia procura preencher os dois critérios que a enquadrariam como tal:
- Previsibilidade: passível de ser comprovada por observadores de outras disciplinas científicas.
- Consistência: interna e externa, ou seja, no âmbito da filosofia das ciências.
Não há consenso sobre a forma como a astrologia supostamente funciona.
No curso da história, vemos o surgimento de explicações diferentes. Santo Alberto Magno pensava que, embora as estrelas não possam influenciar a alma humana, influenciam o corpo e a vontade humanos.
Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim (1486-1535) via o universo como o Unus Mundus, onde o que ocorre no mundo celestial chega até o mundo dos fenômenos, intermediado pela esfera dos corpos celestes. Nesta concepção, a relação entre a esfera dos corpos celestes e a esfera humana não é de causalidade, mas de analogia ou sincronicidade.
Astrólogos de orientação biológica procuram a explicação nos ritmos e ciclos biológicos, como os circadianos e lunares. John Addey, astrólogo inglês, realizou vários levantamentos estatísticos em busca da comprovação de conceitos astrológicos, como o de quase mil nonagenários e a relação Sol-Saturno. Descobriu, assim, o significado das relações harmônicas entre períodos cósmicos.
Outra concepção é que a influência se dá através da variedade de raios cósmicos que chegam ao nosso planeta. Ebertin é um dos defensores desta hipótese.
Uma forma diferente de abordagem é a da sincronicidade, conceito expresso por C.G.Jung. Jung estudou grande número de mapas de nascimento de casais, e supôs que haveria relações interessantes entre os sóis e as luas dos cônjuges.
Astrologia e Espiritismo
Verifica-se por vezes uma ligação entre a Astrologia e o Espiritismo, principalmente entre os "espíritas videntes" que preveem por vários métodos, inclusive por mapas astrais. No entanto, há que diferenciar as práticas, visto que, para a Doutrina Espírita, conforme codificada por Allan Kardec, a Astrologia é considerada como o resquício de uma maneira supersticiosa de pensar, ainda atrelada a antigas concepções do mundo, e que não se encaixa na cosmologia espírita que acompanha as recentes descobertas astronômicas. Está claro que nenhum condena o outro, porém, não é legítimo confundir ou relacionar Astrologia com Espiritismo. Para verificar o que a Doutrina Espírita diz sobre a Astrologia, ver o livro A Gênese, de Kardec, no capítulo V ("Sistemas do Mundo"), em seus itens 11 a 13, em edições da Federação Espírita Brasileira.Argumentos a favor e contra a astrologia
A astrologia é um campo de conhecimento controverso, e há argumentos a favor e contra a validade de seu estudo. A ciência questiona que ela funcione. A esse respeito, em 1975 um grupo de astrônomos assinou um artigo contra a astrologia. Ausência notável nesta lista, Carl Sagan não assinou. Ainda que declarando-se claramente contrário a astrologia, julgou autoritária a linguagem do artigo.Argumentos contra a astrologia
Uma vez que alguns astrólogos afirmam ser capazes de fazer previsões sobre o futuro, deve ser possível elaborar um método para medir a precisão destas previsões. Aqui vários cépticos acreditam que se poderia usar o mesmo método usado para a Meteorologia que é usada para prever o tempo. Contudo, os astrólogos negam este tipo de teste argumentando que o factor humano presente no trabalho astrológico não permite uma comparação legítima às ciências exactas, mas sim às ciências sociais e humanas, tais como a Psicologia e Sociologia. Até hoje, a nível oficial, nenhum astrólogo apresentou um teste às capacidades preditivas da astrologia, e os testes feitos por terceiros não demonstraram que o grau de precisão das técnicas testadas fosse superior ao do puro acaso.Outros astrólogos afirmam que a astrologia não é usada para prever o futuro, e sim para guiar e orientar os seus clientes através do seu potencial revelado no horóscopo. Ainda assim, testes usando dois grupos de controlo mostraram que o grau de precisão de um astrólogo, ao cambinar um horóscopo com o perfil de um cliente, não é maior que uma pessoa leiga fazendo as mesmas associações. Por outro lado, outros testes, como aquele executado pelo famoso céptico Michael Sherner ao astrólogo védico mostram exactamente o oposto.
- Alguns astrólogos, por vezes, usam argumentos científicos para explicar suas práticas. Por exemplo, costuma-se dizer que, como a Lua causa as marés na Terra, é razoável acreditar que a força gravitacional de outros corpos celestes, mais pesados como os planetas pode nos afetar também. Este argumento é inválido por duas razões:
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- O puxão gravitacional de um planeta como Saturno, com massa 90 vezes maior que a da Terra, em uma pessoa daqui da Terra é igual ao puxão gravitacional de um carro a 1,7 metros desta pessoa. Ainda assim os astrólogos não parecem interessados na posição dos carros no hora do nascimento de ninguém, ou mesmo se a pessoa nasceu em um estacionamento.
- Esses astrólogos não oferecem qualquer explicação plausível e testável de como a força gravitacional pode afetar a personalidade de uma pessoa, por que somos suscetíveis ao efeito gravitacional durante o nascimento nem de como uma influência gravitacional no passado pode afetar nosso destino futuro.
- Outro tentativa de explicação científica para a Astrologia é a de que os corpos celestes pesados afetam o campo magnético da Terra e que o campo magnético da Terra, de alguma forma, afeta a pessoa durante o nascimento. O problema é que o campo magnético da Terra é extremamente fraco se comparado com outras fontes. Ele varia de 0,3 Gauss a 0,6 Gauss dependendo do ponto na Terra. Pode-se ter um campo magnético muito maior que este usando-se apenas um imã de geladeira.
- O sistema do Zodíaco tropical, usado pela maioria dos astrólogos no ocidente, não se alinha com as constelações do mesmo nome. Isto induz a maioria dos cépticos a fazerem uma associação entre a faixa de constelações real e aquela usada pelos astrólogos. Contudo, não há qualquer associação entre os dois. As constelações sempre tiveram tamanhos diferentes entre sí, enquanto os signos são - e sempre foram - de 30º exactos. Parte da razão pela qual este mito persiste se deve ao facto de muitos astrólogos falarem frequentemente dos signos pelo termo "constelação".
- Como resultado da confusão entre constelação e signo, a constelação de Serpentário é muitas vezes referida como a 13º constelação do zodíaco.
- A astrologia antiga conhece apenas até o planeta Saturno e os trans-saturnianos foram batizados por não astrólogos, assim é difícil para a maioria dos cépticos crer que possam ser usados nas análises modernas. A maioria dos astrólogos modernos reconhecem Plutão como planeta principal, e procuram fazer o mesmo outros astros, como Éris, que foi descoberto na década de 2000 provando que poderiam haver vários outros corpos celestes pequenos e similares. Os astrólogos afirmam que, como qualquer corpo de conhecimento, também a astrologia evolui e a adição de novos planetas, asteróides ou outros elementos do céu não põe em causa, de todo, o conhecimento passado.
- O mapa astral, também conhecido como horóscopo, é elaborado a partir do nascimento de um indivíduo, ou objeto, ou país. A maioria dos cépticos questiona porque o momento do nascimento é tão importante e não o da fecundação, onde efetivamente se define o DNA de um zigoto, elemento biológico reconhecidamente influenciador da personalidade e constituição física de um indivíduo? A resposta dos astrólogos é que é no momento de nascimento que a entidade se torna um indivíduo. No caso de um país, por exemplo, não basta a ideia de formar país, mas sim o momento em que a existência do país é oficializada e já não há retorno.
- Se uma mulher que marca uma cesariana não estaria mudando o destino cósmico de seu filho? A resposta dos astrólogos a esta questão não faz sentido porque ninguém tem um destino traçado no seu horóscopo - caso contrário todas as pessoas com um horóscopo igual teriam também destinos similares.
- Alguns cépticos questionam o que marca o momento de nascimento. Se um parto demora 20 horas, o que define o instante exato? As primeiras contrações, o estouro da bolsa, o aparecimento da cabeça do bebê pela vagina (ou corte da cesariana) ou o corte do cordão umbilical? Talvez fosse ainda, o momento mais provável de ser o utilizado na grande parte dos mapas, aquele que um médico ou enfermeiro resolve anotar como sendo a hora do nascimento. No caso de nascimento de um país ou objeto, a definição de um instante exato é ainda mais subjetiva. Em resposta, alguns astrólogos consideram que aquilo que determina o horóscopo de uma pessoa é o momento em que ocorre a primeira respiração, embora nas abordagens mais modernas da astrologia ocidental o momento do corte umbilical é o que realmente importa. Os astrólogos, em geral, também reconhecem que os dados de nascimento registados podem não estar completamente correctos, razão pela qual podem aplicar técnicas de rectificação para descobrir a hora e minuto exactos de nascimento.
- Sendo ainda o momento do nascimento decisivo para a personalidade de um indivíduo, por exemplo, para a formação de um grande atleta, alguns cépticos questionam se não seria de esperar que em uma olimpíada houvesse grande concentração de competidores que houvessem nascido em um mesmo instante? Da mesma forma, normalmente profissionais de uma mesma área tem comportamentos e personalidades semelhantes, como por exemplo a letra normalmente ruim dos médicos. Seria esperado que a maioria tivesse o mesmo horóscopo, mas isso não ocorre. Os astrólogos respondem a este argumento afirmando que o horóscopo representa apenas o potencial do indivíduo, e não o seu destino. Como tal, existem diversas variantes como a genética do indivíduo, meio familiar, social e cultural, etc. que influenciam as decisões de cada um e devem ser consideradas.
- Alguns cépticos questionam porque os astrologos não descobriram urano, neptuno e plutão muito antes dos astrônomos, mas esse é um falso argumento porque existem vários relatos de astrólogos que fizeram previsões em relação à descoberta de novos astros, como foi o caso de Quiron, que foi descoberto oficialmente em 1977 e tinha sido previsto por Fernando Pessoa, Charles Jayne e Dane Rudhyar (entre outros), no princípio do século XX, como um novo astro que iria surgir por volta de 1975, entre saturno e urano, com um período de revolução (órbita) de cerca de 50 anos.
- Alguns cépticos também questionam porque os astrólogoos ignoram alguns astros, como os satélites Ganimedes e Titã apesar de serem maiores que o planeta mercúrio, ao que os astrólogos respondem que nem tudo o que existe no espaço foi estudo astrologicamente e, nos casos dos satélites naturais de certos planetas, tal estudo seria dificil visto que ocupam o mesmo grau do mesmo signo que o planeta que orbitam e, por consequência, não seria possível diferenciar o efeito de um ou outro. Em adição, alguns astrólogos defendem que os satélites naturais não fazem mais que replicar o efeito do planeta que orbitam. Esta teoria explica porque alguns astrólogos defendem que a Terra rege o signo de Caranguejo e, por isso, se um dia nascer um bebé fora do planeta Terra, será o planeta, e não a lua, que deverá ser considerado na interpretação de um horóscopo.
Argumentos a favor da astrologia
- O que se chama popularmente de astrologia são os horóscopos de jornal, que não são considerados sérios pelos astrólogos.
- O Zodíaco tropical é o mais utilizado pelos astrólogos no ocidente. Esse sistema leva em conta tanto o Equinócio de primavera do hemisfério norte como a entrada do signo de Áries, iniciando o ano astrológico. Isso significa dizer que a astrologia tradicional não utiliza as posições das constelações e sim as estações do ano e os ciclos naturais para definir os períodos do ano astrológico. O ano astrológico é dividido em 12 signos de 30 graus cada um. Cada signo leva o nome de uma constelação por há aproximadamente 2000 anos coincidir com as constelações astronômicas. Essa diferença ocorre devido ao movimento de precessão do eixo terrestre; então, na Astrologia clássica, são mais importantes os ciclos naturais do nosso planeta em relação ao céu, e isso é o que define os signos ou símbolos estereótipos.
- Uma configuração planetária só se repete uma vez a cada 25.858 anos, devido ao movimento de precessão. Além disso, segundo os astrólogos, para duas pessoas terem exatamente as mesmas características e passarem pela mesmas experiências de vida, deveriam nascer no mesmo instante, no mesmo local, com a mesma herança genética, a mesma influência familiar, social, e cultural - o que é impossível visto que mesmo irmãos gémeos que tenham, hipoteticamente. nascido no mesmo segundo, não podem preencher o mesmo espaço e, à medida que crescem, terão que tomar decisões que os distinguem inevitavelmente.
- Conta-se como exemplo o caso de Samuel Hemmings, que teria nascido no mesmo dia, no mesmo local e quase no mesmo instante que o rei Jorge III do Reino Unido, em 4 de junho de 1738 e cujas experiências de vida teriam vários paralelos: casaram e morreram no mesmo dia e, no dia em que o rei foi coroado, ele abriu um negócio de ferragens. Apenas o fator social, que não é previsto pela astrologia, impediu que ambos tivessem o mesmo tipo de negócios, mas ambos se tornaram administradores: um de um reino, outro de um negócio.
- Alguns astrólogos dizem que a influência dos planetas é ocasionada por energias de origem espiritual, e que por isso mesmo não podem ser mensuradas pelos cientistas através de aparelhos. Os cépticos questionam porque esses astrólogos deixam de explicar como eles podem interpretar estas mesmas energias espirituais se nao sao capazes de medi-las, enquanto outros astrólogos negam esta abordagem e defendem que a astrologia e a espiritualidade devem ser mantidas em separado.
ASTROLOGIA CHINESA
OS 12 signos CHINESES

O Ano do Coelho
Seu Signo Chinês: Cachorro
Maior compatibilidade com: Tigre, Cavalo, Ovelha e Porco.
Seu Signo Chinês: Dragão
Aqueles nascidos sob o Signo do Dragão terão em 2001 um Ano maravilhoso para o amor, novos relacionamentos e trabalho. Melhorias serão feitas em todas as áreas da sua vida. Você deve garantir que aproveitará a maior parte das novas oportunidades que surgirem no seu caminho. Benefícios serão altamente possíveis para aqueles que planejam investir em 2011. No caso de mudanças, devem ser encaradas como uma boa forma de evolução que atrairá paz e harmonia para tudo que estiver ao seu redor. Amigos e amizades serão mais que fáceis, então agradeça toda a ajuda que receber. Pessoas de Dragão encontrarão neste Ano um momento positivo para prospectar sua carreira futura e talvez até ter uma promoção
Maior compatibilidade com: Rato, Macaco, Serpente, Porco e Tigre.Seu Signo Chinês: Cavalo
Maior compatibilidade com: Tigre, Cachorro, Ovelha e Porco
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Seu Signo Chinês: Macaco
Maior compatibilidade com: Rato, Dragão, Serpente e Galo.
Seu Signo Chinês: Boi
Maior compatibilidade com: Serpente, Galo, Rato, Coelho e Cachorro.
Seu Signo Chinês: Porco
Maior compatibilidade com: Coelho, Ovelha, Tigre, Dragão, Cavalo, Cachorro.
Seu Signo Chinês: Coelho
Maior compatibilidade com: Porco, Ovelha, Rato, Boi e Tigre.
Seu Signo Chinês: Rato
Maior compatibilidade com: Macaco, Dragão, Boi e Coelho.
Seu Signo Chinês: Galo
Maior compatibilidade com: Boi, Serpente, Macaco e Porco.
Seu Signo Chinês: Ovelha
Maior compatibilidade com: Coelho, Porco, Cavalo, Macaco, Cachorro.
Seu Signo Chinês: Serpente
Maior compatibilidade com: Boi, Galo, Rato, Dragão, Macaco.
Seu Signo Chinês: Tigre
Maior compatibilidade com: Porco, Ovelha, Rato, Boi e Tigre.
FUTEBOL MANIA NACIONAL
Origens
A atividade mais antiga que se assemelha ao futebol moderno da qual se tem conhecimento data dos séculos III e II a. C. Estes dados são baseados em um manual de exercícios correspondentes à dinastia Han da antiga China. O jogo era chamado ts'uh Kúh (cuju), e consistia em lançar uma bola com os pés para uma pequena rede. Uma variante incluía uma modalidade onde o jogador deveria passar pelo ataque dos seus adversários. Também no Extremo Oriente, embora cerca de cinco ou seis séculos depois do cuju, existia uma variante japonesa chamada kemari, que tinha um caráter mais cerimonial, sendo o objetivo do jogo manter uma bola no ar passando-a entre os jogadores. O kemari até hoje é praticado no Japão, em eventos culturais.
No Mediterrâneo destacaram-se duas formas de jogo: o harpastum, em Roma, e o epislcyros, na Grécia, sobre o qual se tem pouca informação. O primeiro era disputado por duas equipes em um terreno retangular demarcado e dividido pela metade por uma linha. Os jogadores de cada equipe podiam passar uma pequena bola entre eles, e o objetivo do jogo era enviá-la ao campo contrário. Esta variante foi muito popular entre os anos 700 e 800, e, apesar de ter sido introduzida nas Ilhas Britânicas, sua ascensão até o futebol moderno é incerta.
Durante a Era dos Descobrimentos, começou-se a conhecer desportos provenientes do Novo Mundo. Estima-se que o pok ta pok da cultura maia teria 3 000 anos de história. Na Groenlândia também se jogava um desporto que se assemelhava ao futebol, ao passo que o jogo denominado marngrook, da Oceania, tinha características que o assemelhava ao futebol australiano. Onde hoje se localizam os Estados Unidos os aborígenes praticavam outros jogos: o pasuckuakohowog na área continental central e o asqaqtuk no Alasca.
Embora estes jogos tiveram certas características que os assemelham ao futebol e outros desportos variados modernos, a incidência dos mesmos nos desportos atuais é discutível, já que praticamente não há vínculos dos mesmos com as Ilhas Britânicas, o berço do futebol moderno.
Nos finais da Idade Média e séculos posteriores desenvolveram-se nas Ilhas Britânicas e em zonas circunvizinhas distintos tipos de jogos de equipe, os quais eram conhecidos como códigos de futebol. Estes códigos foram se unificando com o passar do tempo, mas foi na segunda metade do século XVII que ocorreram as primeiras grandes unificações do futebol, que deram origem ao rúgbi, ao futebol americano, ao futebol australiano etc. e ao desporto que hoje é conhecido em grande parte do mundo como futebol.
Os primeiros códigos britânicos se caracterizavam por terem poucas regras e por sua extrema violência. Um dos mais populares foi o futebol escolar. Por esta razão o futebol escolar foi proibido na Inglaterra por um decreto do Rei Eduardo III, que alegou ser um desporto não-cristão, e a proibição perdurou por 500 anos. O futebol escolar não foi a única forma de jogo da época; de fato existiram outras formas mais organizadas, menos violentas e inclusive que se desenvolveram fora das Ilhas Britânicas. Um dos jogos mais conhecidos foi o calcio fiorentino, originário da cidade de Florência, na Itália, no período da renascença, no século XVI. Este desporto influenciou em vários aspectos o futebol atual, não somente por suas regras, mas também pelo ambiente de festa em que se jogavam estas partidas.
Unificações do século XIX
Os clubes britânicos se dividiram em relação ao jogo denominado rúgbi, e enquanto vários decidiram segui-lo, outros decidiram rejeitá-lo, devido ao fato que nestes a prática de não tocar a bola com a mão era mais aceita. Entre estes últimos se encontravam os clubes de Eton, Harrow, Winchester, Charterhouse e Westminster. Em meados do século XIX foram dados os primeiros passos para unificar todos as regras e formas de jogo do futebol em um único desporto. A primeira tentativa foi em 1848, quando na Universidade de Cambridge, Henry de Winton e John Charles Thring convocaram membros de outras escolas para regulamentar um código de regras, o Código Cambridge, também conhecido como as Regras de Cambridge. As regras tinham uma semelhança significativa com relação as regras do futebol atual. Talvez o mais importante de todos foi a limitação das mãos para tocar a bola, passando a responsabilidade de mover a mesma aos pés. O objetivo do jogo era fazer passar uma bola entre dois postes verticais e debaixo de uma fita que os unia, ato chamado golo, e a equipe que marcava mais golos era a vencedora. Também foi criada uma regra de impedimento similar à atual. Os documentos originais de 1848 se perderam, mas é conservada uma cópia das regras do ano 1856.
Entre 1857 e 1878 foi utilizado um conjunto de regras de futebol que também deixaria características ao futebol moderno: o Código Sheffield, também conhecido como as regras de Sheffield. O código, criado por Nathaniel Creswick e William Prest, adotou regras que ainda hoje são utilizadas, como o uso de um travessão (poste horizontal) de material rígido, no lugar da fita que se usava até o momento. Também foi adotada a utilização de tiros livres, escanteios e arremessos laterais como métodos de reintrodução da bola ao jogo.
Embora estas unificações de futebol levaram a vários avanços para a criação do futebol moderno, 26 de outubro de 1863 é considerado por muitos como o dia do nascimento do futebol moderno. Nesse dia, Ebenezer Cobb Morley iniciou uma série de seis reuniões entre 12 clubes de distintas escolas londrinas na Taberna Freemason's, com o objetivo de criar um regulamento de futebol universal e definitivo, que tivesse a aceitação da maioria. Concluídas as reuniões, em 8 de dezembro, onze dos doze clubes chegaram a um consenso para estabelecer 14 regras do novo regulamento, o qual recebeu o nome de association football, para diferenciá-lo de outras formas de futebol da época. Somente o clube Blackheath se negou a apoiar a criação destas regras, e acabou mais tarde se tornando um dos criadores de outro famoso desporto, o rúgbi.
O regulamento utilizado como base para o futebol foi o Código de regras de Cambridge, exceto dois pontos do mesmo, que eram considerados de muita importância para as regras atuais: o uso das mãos para transportar a bola e o uso dos tackles (contato físico brusco para tomar a bola do rival) contra os adversários. Este foi o motivo do abandono do clube Blackheath. Com o tempo o futebol e o rúgbi foram se distanciando e acabaram por serem reconhecidos como dois desportos distintos.
Junto da criação do novo conjunto de regras foi criada a Football Association, órgão que rege até hoje o futebol na Inglaterra. Nessa época, os estudantes das escolas inglesas desenvolveram as abreviaturas rugger e soccer (derivado de "association"), para designar a ambos desportos: o rúgbi e o futebol, respectivamente. Este último termo é majoritariamente utilizados para designar o futebol nos Estados Unidos.
Primeiros eventos
Já com as regras do futebol bem definidas, começou-se a disputar os primeiros jogos e torneios com esta nova modalidade. Em 30 de novembro de 1872, Escócia e Inglaterra disputaram a primeira partida oficial entre seleções nacionais, jogo que acabou num empate sem gols. A partida foi disputada no Hamilton Crescent, atual campo de críquete, em Patrick, Escócia. Entre janeiro de março de 1884 foi disputada a primeira edição do British Home Championship, que até seu fim foi o torneio entre seleções mais antigo da história. O primeiro título foi ganho pela Escócia
Em 20 de julho de 1871, um jornal britânico propôs a criação de um torneio que fosse organizado pela Football Association, o primeiro passo para a criação da Copa da Inglaterra. Nesse ano, a Football Association era composta por 30 equipes, mas somente 15 decidiram participar da primeira edição do torneio, a FA Cup 1871-1872, que foi ganha pelo Wanderers F.C. A primeira competição de liga chegou na temporada 1888/1889 com a criação da Football League. Participaram 12 equipes afiliadas à FA, e cada uma jogou 22 partidas. Este torneio foi vencido pelo Preston North End Football Club, que conseguiu o feito de vencer invicto.
Expansão internacional
Com o passar dos anos, o futebol expandiu-se rapidamente nas Ilhas Britânicas, surgindo assim novas associações de futebol além da inglesa, as quais representavam as quatro regiões constituintes da então Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda: a Scottish Football Association (Escócia, fundada em 1873), a Football Association of Wales (País de Gales, 1875) e a Irish Football Association (Irlanda, 1880). No final dos anos 1880 o futebol começou a expandir-se rapidamente fora do Reino Unido, principalmente devido à influência internacional do Império Britânico. Os primeiros países a possuírem suas próprias associações de futebol fora das Ilhas Britânicas foram os Países Baixos a a Dinamarca, em 1889, a Nova Zelândia, em 1891, a Argentina em 1893, o Chile, a Confederação Helvética e a Bélgica em 1895, a Itália em 1898, a Alemanha e o Uruguai em 1900, a Hungria em 1901, a Noruega em 1902 e a Suécia em 1904.[30]
O auge do futebol a nível mundial motivou a criação da FIFA em 21 de maio de 1904. As associações fundadoras foram as da Bélgica, da Espanha, Dinamarca, França, Países Baixos, Suécia e Suíça. As quatro associações de futebol do Reino Unido, as chamadas Home Nations, se opuseram à criação desse órgão.[30] Devido ao crescimento do futebol, a FIFA havia anunciado a primeira competição internacional de seleções para 1906, mas devido a problemas internos de várias associações a mesma não foi realizada. O futebol já havia sido apresentado ao mundo por meio de uma série de partidas de exibição durante os Jogos Olímpicos de 1900, 1904, 1906 (jogos intercalados), todos a nivel de clubes, até que a edição de 1908 recebeu pela primeira vez uma competição de seleções. A medalha de ouro foi para a Seleção Britânica.
Em 1916 foi fundada a Confederação Sul-Americana de Futebol, que nesse mesmo ano organiza a primeira edição do Campeonato Sul-americano de Futebol, atual Copa América. Este torneio se mantém até hoje como o mais antigo da história do futebol entre seleções nacionais, dos que ainda existem. Nessa primeira edição participaram: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, que foi o campeão.
A Primeira Guerra Mundial fez atrasar o desenvolvimento do futebol, mas as edições de 1924 e 1928 dos Jogos Olímpicos revitalizaram o desporto, particularmente as atuações da seleção uruguaia. Este novo crescimento do futebol fez com que a FIFA confirmasse em 28 de maio de 1928 em Amsterdã a realização de um campeonato mundial de seleções, cuja sede seria confirmada em 18 de maio de 1929 no congresso de Barcelona. Uruguai foi escolhido como a sede da primeira edição da Copa do Mundo, que ocorreu no ano do centenário da primeira Constituição uruguaia. A seleção uruguaia tornou-se o primeiro campeão da história da competição. A segunda edição do torneio ocorreu em 1934, na Itália, e foi utilizada pelo ditador Benito Mussolini como propaganda de seu regime. A competição foi marcada pela intervenção de Mussolini, que fez de tudo para que a seleção italiana obtivesse o título, inclusive com ameaças aos árbitros da final.[34] A terceira edição do torneio também foi marcada por Mussolini, que antes da final entre a Itália e a Hungria enviou um telegrama a sua seleção ameaçando os jogadores de morte. Finalmente a seleção azzurra, que vestiu um uniforme completamente preto representando o Partido Nacional Fascista, venceu a final por 4 a 2.
A Segunda Guerra Mundial teve um efeito similar à primeira guerra sobre o futebol. Em 1946 as Home Nations, que haviam se desfiliado da FIFA depois da Primeira Guerra Mundial, voltaram ao organismo internacional. 10 de maio de 1947 é considerada uma data de vital importância para o ressurgimento da FIFA e do futebol mundial, graças à realização da partida amistosa entre a seleção do Reino Unido e uma seleção de jogadores europeus, o Resto da Europa XI, no denominado Jogo do Século. O jogo foi disputado em Hampden Park, Glasgow, Escócia, diante de 135.000 espectadores. O time britânico venceu o jogo por 6 a 1, e a arrecadação da partida foi doada à FIFA para ajudá-la em sua refundação. A primeira edição da Copa do Mundo FIFA depois da Segunda Guerra Mundial ocorreu no Brasil em 1950. A conquista da seleção uruguaia no lembrado Maracanaço coroou uma revitalização da FIFA e do futebol mundial.
Consolidação
A segunda metade do século XX foi a época de maior crescimento do futebol. O futebol sul-americano já se encontrava organizado desde 1916, ano no qual foi fundada a Confederação Sul-Americana de Futebol, mas o desporto em outras regiões começaria a se organizar nos anos 1950 e 60. Em 1954 e 1955 o futebol europeu e asiático passou a ser regido pela União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) e a Confederação Asiática de Futebol (AFC) respectivamente. Na África, foi fundada a Confederação Africana de Futebol (CFA) em 1956; na América do Norte, a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF) en 1961; e por último na Oceania, a Confederação de Futebol da Oceania (OFC) em 1966. Estas organizações se afiliaram à FIFA sob o estatuto de confederações.
Paralelamente às criações das novas confederações iniciaram-se as disputas dos primeiros torneios regionais de seleções, exceto a Confederação Sul-Americana de Futebol, que já disputava seu Campeonato Sul-americano de Seleções desde 1916. Em 1956 a AFC realizou a primeira edição da Copa da Ásia, e no ano seguinte a CFA organizou a Copa Africana de Nações. Em 1960 foi criado o Campeonato Europeu de Futebol (Eurocopa), que agrupa as seleções da UEFA. Por sua vez, a CONCACAF organizou pela primeira vez a Copa CONCACAF em 1963, que mais tarde seria substituída pela Copa Ouro. A Confederação de Futebol da Oceania foi a última a criar seu próprio torneio, a Copa das Nações da OFC, realizada pela primeira vez em 1973.
Devido à criação das confederações começaram-se a disputar os primeiros campeonatos internacionais a nível de clubes, sendo a primeira de seu tipo a Liga dos Campeões da UEFA, que reunia os campeões das principais ligas dos países da UEFA a partir de 1955. Cinco anos mais tarde se iniciou a Copa Libertadores da América, evento máximo para clubes de futebol afiliados à CONMEBOL, que foi disputada pela primeira vez em 1960. Nesse mesmo ano foi disputada a primeira edição da Copa Intercontinental, que reuniu os campeões de ambos torneios. Este torneio foi substituído em 2005 pela Copa do Mundo de Clubes da FIFA, campeonato que já havia tido uma edição em 2000. Este torneio passou a ser disputado por representantes de todas as confederações.
Enquanto isso, a Copa do Mundo FIFA se consolidou como o evento desportivo de maior importância no mundo inteiro, inclusive superando em audiência os próprios Jogos Olímpicos
Influência no mundo
Difusão
O futebol vem cada vez mais se tornando um desporto popular em vários países sem muita tradição neste desporto. Esta é uma tendência mundial. Especialmente porque para se jogar futebol precisa-se de poucos recursos e equipamentos, uma bola e uma área plana (ou nem isso). Tanto em países pobres como em países mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, vem ocorrendo uma popularização desse desporto.[54]
Popularidade
Segundo uma pesquisa realizada pela FIFA no ano de 2006, aproximadamente 270 milhões de pessoas no mundo estão ativamente envolvidos no futebol, incluindo jogadores, árbitros e diretores. Destas, 265 milhões jogam o desporto regularmente de maneira profissional, semi-profissional ou amadora, considerando tanto a homens, mulheres, jovens e crianças. Este valor representa cerca de 4% da população mundial. A confederação com maior porcentagem de pessoas ativamente envolvidas com o futebol é a CONCACAF, com cerca de 8,53% da população. Em contrapartida, na região da AFC esta porcentagem é de somente 2,22%. A UEFA tem uma porcentagem de participação de 7,59%; a CONMEBOL, de 7,47%; a OFC, de 4,68%; e a CFA, de 5,16%. Existem mais de 1,7 milhões de equipes no mundo e aproximadamente 301 000 clubes.[nota 1]
O país com mais jogadores que regularmente atuam (exceto crianças) é a China Continental, que possui 26,1 milhões de futebolistas. Em seguida vêm: Estados Unidos (24,4 milhões), Índia (20,5 milhões), Alemanha (16,3 milhões), Brasil (13,1 milhões) e México (8,4 milhões). Por outro lado, a entidade com menor quantidade de futebolistas regulares (excetuando-se crianças) é Montserrat, com apenas 300 jogadores, seguido das Ilhas Virgens Britânicas (658), Anguila (760) e as Ilhas Turcas e Caicos (950).[55]
Futebol feminino
Futebol feminino
O futebol feminino tem apresentado um crescimento lento atualmente, principalmente devido a obstáculos sociais e culturais que não permitem o ingresso pleno da mulher ao desporto.[56] O primeiro jogo feminino sob as regras de futebol do qual se tem registros ocorreu em 1892, na cidade escocesa de Glasgow.[57] No final de 1921 o futebol feminino foi proibido na Inglaterra, ação não seguida por outros países do mundo. Em 1969 o futebol feminino voltou a ser realizado na Inglaterra, motivo pelo qual começou a se expandir fora do seu território. A primeira partida internacional de seleções de futebol feminino ocorreu em 1972, casualmente 100 anos depois do primeiro encontro masculino, onde a Inglaterra venceu a Escócia por 3 a 2.[57] Os primeiros torneios mundiais começaram a ser disputados nos anos 1990: a Copa do Mundo de Futebol Feminino a partir de 1991 e como desporto olímpico desde 1996.
Segundo uma pesquisa realizada pela FIFA, existem cerca de 26 milhões de jogadoras no mundo. Em média, para cada 10 futebolistas (de ambos sexos) existe uma jogadora no mundo.[2]
[editar] Economia

Os patrocinadores oficiais da Copa do Mundo FIFA de 2006 produziram uma das maiores receitas para a FIFA.[58].
Segundo estimativas da FIFA, durante o período 2003-2006 este organismo teve uma receita de 3 238 milhões de francos suíços (CHF)[59] e gastos de 2 422 milhões de CHF, o que gerou um superávit de 816 milhões de CHF. 92% (2 986 milhões de CHF) das receitas estão relacionadas com as competições internacionais, particularmente a retransmissão por televisão da Copa do Mundo FIFA de 2006, que responde por 1 660 milhões de CHF desse valor. O restante das receitas se dividem em partes iguais entre receitas financeiras e outras receitas operacionais. Do total das receitas, 714 milhões de CHF foram obtidas por direitos de merchandising. Muitos destas receitas são obtidas em pontos de venda nos arredores dos estádios da Copa do Mundo.[60] Quanto aos gastos, 69% (1 682 milhões de CHF) dos mesmos estão relacionados à organização de campeonatos e ao desenvolvimento do desporto: 46% dos gastos totais (1 125 milhões de CHF) e 23% (557 milhões de CHF) respectivamente. 26% (622 milhões de CHF) são utilizados para gastos operacionais, como transportes, alugueis, gastos jurídicos, comunicações, entre outros. Os 5% restantes (118 milhões de CHF) corre por efeitos de câmbios de divisas e juros.[59][58]
Os orçamentos dos clubes de futebol podem ser encontrados em diferentes valores dependendo da região do mundo onde se encontram. Os maiores orçamentos podem ser encontrados na Europa, particularmente nas principais ligas da Alemanha, Espanha, Itália e Inglaterra.[61] Em grande parte da América do Sul as maiores receitas se devem às transferências de jogadores às ligas europeias, aos fundos fornecidos por transmissões de televisão e a publicidade nas camisetas.[62][63] Na Europa, os direitos televisivos, a publicidade, a venda de ingressos e o merchandising cobrem grande parte do orçamento.[64][65]
O futebol também desempenha um papel de solidariedade. Uma das principais contribuições da FIFA ao desenvolvimento do desporto em áreas onde tal fato é dificultado pela falta de materiais e técnicas de desenvolvimento é o Programa Goal. A FIFA também trabalha com o UNICEF desde 1999, fornecendo material de trabalho relacionado com o futebol para que este seja distribuído por esta organização da ONU.[66] Regularmente são realizados em todo o mundo jogos amistosos com propósitos beneficentes, cujos idealizadores frequentemente são estrelas do futebol mundial.[67][68][69]
Entende-se por passe a transferência de um jogador de um clube para outro mediante o pagamento de uma soma em dinheiro que é paga pelo clube que recebe o jogador para o que o perde. Alguns jogadores possuem passes com valores muito altos.[70]
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